sexta-feira, 26 de setembro de 2008

A SEQUENCIA DA HISTORIA BIBLICA

A seqüência da história bíblica

Esboço do Capítulo

I. A ÉPOCA PRÉ-ABRAÂMICA
1. O Período Antediluviano
2. O Período do Dilúvio a Abraão

II. A ÉPOCA DE ISRAEL
1. O Período dos Patriarcas
2. O Período de Israel no Egito
3. O Período de Israel no Deserto
4. O Período da Conquista de Canaã
5. O Período dos Juizes
6. O Período da Monarquia
7. O Período do Reino Dividido
8. O Período do Cativeiro e Restauração
9. O Período Interbíblico
a. A Palestina sob os Persas
b. A Palestina sob os Gregos
c. A Palestina sob os Macabeus
d. A Palestina sob os Romanos

III. A ÉPOCA DO CRISTIANISMO
1. O Período da Vida de Cristo
2. O Período da Igreja em Jerusalém
3. O Período da Igreja Missionária

Temos neste capítulo um resumo da marcha da histó­ria bíblica, de conformidade com o Antigo e o Novo Testa­mento, tendo em vista apenas o povo de Deus. A história dos demais povos bíblicos, e outros afins, pertence a outro estudo. Por povo de Deus queremos dizer os fiéis de Deus em todos os tempos, compreendendo judeus e gentios.

A necessidade de um estudo como este vem do fato de que os 66 livros do cânon sagrado não aparecem na Bíblia em ordem cronológica, e sim pela ordem dos assuntos, con­forme já mostramos em capítulo anterior. O conhecimento da seqüência histórica da Bíblia habilitará o estudante a orientar-se em qualquer lugar em que se encontre no texto sagrado. A seqüência histórica da Bíblia é como um fio atravessando um todo, situando em seus lugares as coisas, pessoas e fatos registrados; em o nosso caso, nas Escritu­ras.
O fim principal em vista, aqui, não é suprir o leitor de dados cronológicos. A cronologia que apresentamos é ape­nas o indispensável. É oportuno afirmar que toda cronolo­gia antiga é terreno movediço. Pesquisas e descobertas ar­queológicas levadas a efeito nos últimos anos demonstram que é preciso uma revisão total nas datas até agora aceitas, especialmente aquelas dos primeiros milênios da história humana, abarcando as principais e primitivas civilizações como a babilônica, acadiana, egípcia, etc. As evidências arqueológicas conduzem a uma redução nas atuais datas. As atuais e mais credenciadas autoridades nesse campo, declaram, por exemplo, que a primitiva civilização babilô­nica deve recuar para 2.500 a.C. em vez de 3.500, como vem sendo divulgado até agora. Uma tão importante revi­são de datas não pode nem deve ser feita às pressas.
Os principais luminares no assunto afirmam que é pre­ciso esperar mais algum tempo até que se obtenha uma confirmação da exatidão das novas datas que já estão apa­recendo em muitos livros, revistas e outras publicações do 100 gênero. Há historiadores apressados que acham que tudo deve ser mudado agora mesmo, mas, considerando a im­portância do assunto (a seqüência da história bíblica), é preciso reserva e cautela, porque as novas datas modifica­rão quase todo o sistema até agora aceito. Acresce ainda o fato de que muitas das novas datas estão sendo postas em dúvida devido à má tradução de placas, tijolos e demais achados arqueológicos multisseculares.
Devido às circunstâncias acima expostas, preferimos seguir a tradicional "cronologia aceita" com algumas va­riantes novas que já não padecem contestação.

As poucas datas que aparecem neste capítulo, poderão estar altera­das noutros livros ora em circulação, mas o melhor é aguardar confirmação definitiva dos fatos, do que apresen­tar uma coisa em dúvida. Muitas das novas datas, quando postas na corrente de dados cronológicos, ou colidem com fatos da mesma época ou alteram a ordem deles.
Obras de renome com novos dados cronológicos estão sendo lançadas na outra América e na Inglaterra. Certa­mente teremos tais obras traduzidas entre nós posterior­mente.
Procuramos tornar este capítulo o mais inteligível possível; reconhecemos, contudo, que, se o leitor tiver um razoável conhecimento prévio de história antiga, isso o ajudará a compreender a seqüência que vai ser apresenta­da. Caso não tenha, aconselhamos a ler o capítulo todo mais uma vez, e consultar obras de vulto no assunto.
Nossas Bíblias com datas impressas vêm de 1701. Tais datas são da "Cronologia Aceita", elaborada pelo arcebis­po Ussher, em 1650, época essa que não se dispunha dos modernos meios, recursos e investigações científicas como as atuais. O sistema de Ussher está obsoleto em grande parte, todavia não pode ser posto de lado até que apareça uma revisão com indiscutível veracidade.
Portanto, as datas que aparecem aqui, ao lado da His­tória não têm a pretensão de precisão. Apenas integram a seqüência histórica, demarcando-a.
Para efeito de estudo, a seqüência histórica do povo de Deus como a temos na Bíblia, contém três grandes épocas, que são:

I. A ÉPOCA PRÊ-ABRAÂMICA. Da criação de Adão à chamada de Abraão. 4000-2000 a.C. Dois mil anos. (Números redondos para facilitar a memorização).
II. A ÉPOCA DE ISRAEL. Da chamada de Abraão ao ad­vento de Cristo. 2000-5 a.C. Dois mil anos.
III. A ÉPOCA DO CRISTIANISMO. Do advento de Cristo à morte do apóstolo João: 5 a.C-100 d.C. Trataremos agora de cada uma destas grandes épocas da História Bíblica, divididas em períodos. Lembremo-nos de que é um resumo que vai ser apresentado. Só os fatos marcantes e salientes aparecem; os pormenores não.

I. A ÉPOCA PRÉ-ABRAÀMICA

Esta época abrange dois períodos históricos: 1. O Período Antediluuiano, que vai de Adão ao Dilú­vio; de 4004-2348 a.C. - 1656 anos. É descrito no livro de Gênesis até o capítulo 6 e contém o relato da origem de to­das as coisas. O homem é o ápice da Criação. Feito do pó da terra, e recebendo também o espírito de vida outorgado por Deus. Teve assim duas naturezas: uma terrena para pô-lo em contacto com o material, e outra celestial para comunhão com Deus. A Bíblia declara nos capítulos acima que o homem foi criado, não evoluído através de estágios sucessivos. Adão, ao ser criado, não se comportava como um nenezinho ou como um silvícola, e sim como um ho­mem adulto e de conhecimento e inteligência extraordiná­rios.
A civilização antediluviana foi adiantadíssima em inte­lectualidade, artes e profissões, coisas comprovadas pela Bíblia e a Ciência, especialmente o ramo arqueológico. Adão recebeu a revelação diretamente de Deus. A entrada do pecado na raça humana reduziu profundamente a capa­cidade e a possibilidade do homem em todos os sentidos. Assim sendo, o homem em si mesmo não tem evoluído ou progredido, e sim regredido. O homem só evolui quando volta à sua origem, sua causa primária - DEUS. O homem se embruteceu à medida que se afastou de Deus. Romanos, capítulo 1, conta esta triste história.
O Período Antediluviano ocorreu no Éden e suas proxi­midades, no Oriente. Trata-se da região primitivamente chamada Sinar, depois Suméria e Babilônia. Essa região situa-se exatamente na confluência de três grandes conti­nentes: Europa, Ásia e África. (Veja isto num mapa-múndi ou num planisfério.)
Por quanto tempo Adão viveu no Éden antes de pecar só Deus sabe. Entendemos que seus 130 anos mencionados em Gênesis 5.3 tenham decorrido após a queda. O tempo que ele viveu como solteiro não é revelado. Talvez sua vida antes da queda fosse tão sublime, que não fosse lícito reve­lar seus pormenores à raça posteriormente caída. Talvez não compreendessem, pois a esfera em que vivia antes de pecar não tinha comparação com a nossa. O apóstolo Pau­lo teve revelações divinas que ao mortal não era lícito reve­lar, está escrito.


O vale do Eufrates é, pois, o berço da raça humana. Nessa região, Deus pôs o homem na terra. Daí surgiram e partiram as primitivas civilizações. O Jardim do Éden, de acordo com eminentes autoridades e inferências arqueoló­gicas, ficava em Eridu, 19 km ao sul de Ur, na antiga Si­nar. O Éden foi o cenário do começo da história bíblica. Aí perto viveram também Noé e Abraão. As primeiras civili­zações da região sumeriana como as de Cis, Lagás, Ereque, Ur, Acade (o mesmo que Sipar), Calné (o mesmo que Ni-pur), Larsa, Fará, ficavam todas em torno de Eridu. (Veja isso num mapa das terras bíblicas primitivas.) Eram cida-des-reinos. Foram povos altamente adiantados. Algumas de suas cidades constam de Gênesis 10.10-12. Todo o capí­tulo 10 de Gênesis é altamente importante para o estudo dessas civilizações primitivas.
Fará é o local tradicional da residência de Noé. Após a queda de Adão, Deus mesmo mostrou-lhe como aproxi­mar-se dele para com Ele ter comunhão e adoração. Adão viu que um animal foi morto para que sua pele cobrisse a sua nudez e a de Eva, por causa da sua transgressão. Cer­tamente ele ensinou a seus filhos o caminho da comunhão com Deus através dos sacrifícios. Abel fez o mesmo. Noé também. Os demais de vida piedosa que se seguiram, sem dúvida, agiram do mesmo modo. Esses sacrifícios de animais inocentes: a) Testemunhavam que "o salário do pe­cado é a morte" (Rm 6.23). b) Ensinavam a sublime dou­trina da substituição, tão bem explicada na Epístola aos Romanos, c) Apontavam para o Senhor Jesus Cristo, "o Cordeiro morto desde a fundação do mundo" (Ap 13.8). Como homens de Deus, salientam-se neste período his­tórico: Abel, Sete, Noé e Enoque. A longevidade extraordi­nária registrada nesse tempo tem sua explicação em fato­res como: a) As conseqüências físicas e espirituais do peca­do, que resultam em enfermidades e morte na raça huma­na, tinham apenas começado o seu curso, b) A maldição lançada sobre a terra devido à queda do homem, também, tinha apenas iniciado seus efeitos, c) As condições climaté-ricas eram outras, d) A capacidade da terra na produção de alimentos era também superior, e) A longevidade tam­bém seria necessária para o povoamento da terra, f) Temos ainda a considerar a misericórdia de Deus para com a raça humana incipiente.

No Milênio, quando as condições de vida e o meio am­biente serão maravilhosos, devido à influência pessoal de Cristo, a vida humana será outra vez prolongada.
2. Do Dilúvio a Abraão. De 2348-1921 - 427 anos. O Di­lúvio ocorreu provavelmente em 2348 a.C. Muitas cidades antediluvianas foram reconstruídas como a arqueologia tem provado. A arca de Noé repousou num dos montes da cordilheira do Ararate, perto das cabeceiras do Eufrates. (Veja isso num mapa.) Mas Noé, após o Dilúvio, retornou à sua primitiva terra - Sinar, mais tarde chamada Babilô­nia (Gn 11.2).
Cerca de 100 anos após o Dilúvio, deu-se a dispersão das raças mediante o juízo divino da confusão das línguas (Gn 11), para obrigar os povos a cumprir o que Deus deter­minara sobre o povoamento da terra (Gn 9.1,7). Ninrode, contrariando o plano divino, constituiu uma federação de cidades-reinos, tornando-se, assim, o fundador do imperia­lismo. Era isso um plano de Satanás para neutralizar a or­dem divina. Coisa idêntica acontecerá durante a Grande Tribulação, quando o Inimigo unificará as nações contra o Senhor Jesus Cristo (Ap 16.14; 19.19). irvi
Na dispersão provocada pelas línguas, os semitas, des­cendentes de Noé, fixaram-se nos vales do Tigre, Eufrates e regiões próximas do Leste da Ásia. Dos semitas, surgiram grandes civilizações como os elamitas, os assírios, os cal-deus, os arameus ou sírios (estes depois mesclaram-se com os poderosos mitânios), os árabes, e os hebreus. A esta al­tura dos fatos, é oportuno observar que antes da dispersão das raças, Noé, tomado de espírito profético, descreveu de antemão o futuro das três grandes raças-troncos originais, isto é, semitas, camitas ejafetitas (Gn 9.25-27). Tal profe­cia vem cumprindo-se admiravelmente através dos sécu­los. Segundo essa profecia, o papel dos semitas seria mais religioso do que secular. ("E habite Ele nas tendas de Sem", v 27). Isto cumpriu-se de modo cabal em Cristo, se­gundo Mateus 1.1 e Hebreus 7.14.
Os camitas (descendentes de Cão) ocuparam a Arábia Meridional, o Leste do Mediterrâneo, o Sul do Eufrates e o Leste da Ásia. Ocuparam também a África. A princípio, os camitas evoluíram muito.
Deram origem a povos admirá­veis de que até hoje orgulha-se a História, como: os egíp­cios, os babilônios (primitivos), os turânios (povos da Ásia Central), os sumérios, os mitânios, os hititãs, os amorreus e os indus (primitivos). Os hititas e os amorreus foram dos povos mais poderosos que já existiram. A história dos hiti­tas está sendo desenterrada agora pela pá do arqueólogo. Os não menos importantes fenícios eram também camitas. As primeiras monarquias do Leste da Ásia foram camitas, inclusive o reino da Acádia, na terra de Sinar.
Olhai agora o reverso da História. Os primitivos babilô­nios, camitas, foram subjugados pelos semitas e jafetitãs. Os egípcios foram vencidos pelos hicsos, e depois dura­mente castigados com pragas. Canaã foi conquistada pelos hebreus sob Josué. Os notáveis fenícios, especialmente os de Cartago, foram derrotados pelos romanos jafetitas. To­dos os demais povos originários de Cão foram vencidos ou absorvidos pelos semitas e jafetitas, restando presente­mente em grande escala apenas a África, cujo povo viveu até há pouco no subdesenvolvimento, na escravidão, e for­necendo escravos. Grande parte dos povos da Ásia Orien­tal é originariamente camita. Sofrem de retardo, com exceção do Japão, depois de haver recebido a influência e cultura ocidental. Portanto, o progresso dos jafetitas está na profecia. É interessante notar que a maldição foi profe­rida contra a descendência de Cão, quando ele é que foi o transgressor. Talvez a maldição não tenha caído sobre Cão, por ser ele crente: caiu sobre a sua descendência in­fiel.
Vejamos agora os jafetitas. Conforme a profecia, Jafé seria engrandecido. E assim vem acontecendo através dos séculos. Povoaram eles parte da Ásia, originando as raças arianas e indianas, as quais procederam do Cáucaso; os persas (donde procedem os atuais iranianos e os medos), povoaram o Ocidente, isto é, a Europa, compreendendo os gregos, os celtas, os iberos, os germanos e os russos. De con­formidade com a profecia mencionada inicialmente, de­senvolveram as artes, ciências e a indústria. São atual­mente os detentores da cultura mundial. Os povos ameri­canos descendem deles. Não há região do globo onde os ja­fetitas não dominem ou não influam duma maneira ou de outra. Este ligeiro exemplo é um tesouro de história bíbli­ca, como acabamos de ver.

E, como livro de história, a Bíblia não tem comparação. Se não fosse a Bíblia, estaría­mos muito longe dos fatos atuais que são o orgulho da civi­lização moderna.
O capítulo 10 de Gênesis apresenta uma distribuição pormenorizada das raças após o Dilúvio. Ninrode, camita, encabeçou a primeira civilização pós-diluviana. Fundou a cidade-reino de Babel, e em seguida outras mais, mencio­nadas em Gênesis 10.9-12. Uma dessas cidades, Acabe, tornou-se importantíssima. Dela saiu o famoso guerreiro Sargão I, de admiração universal. Os sumérios e os acádios foram os povos mais importantes logo após o Dilúvio. De­pois os acádios suplantaram os sumérios e imperaram em Ur. A família de Abraão, apesar de ser semita, vivia em Ur, que nesse tempo conquistara a liderança do mundo como capital da Suméria. Abraão deve ter nascido em Ur em 1996 a.C. Esse reino dominava do golfo Pérsico ao Me­diterrâneo. Era rei nessa época o famoso Hamurabi, da di­nastia acadiana, identificado como o Anrafel de Gênesis 14.1. Seu célebre código de leis, gravado em pedra, foi encontrado em 1902, em Susa. Ur foi grande centro literário. Depois que Abraão partiu de Ur, Babilônia assumiu a dianteira.
- Como Abraão veio conhecer a Deus em meio a tanta idolatria? (Js 24.2). Está confirmado pela História e pela Arqueologia que a religião dos povos primitivos era mono-teísta (Rm 1.20). Além disso, Sem foi contemporâneo de Abraão durante 150 anos, conforme capítulos 5 e 11 de Gê­nesis, e pode ter-lhe transmitido diretamente a revelação divina. Deus também podia revelar-se diretamente a ele, pois é soberano, inclusive na chamada (Ver Marcos 3.13).
Este período que acabamos de estudar é relatado em Gênesis, capítulos 6-11.

II. A ÉPOCA DE ISRAEL

Israel é o centro da história bíblica: A história bíblica de Israel está dividida em 9 períodos.
1. Período Patriarcal, que vai de Abraão a José, e de Canaã ao Egito. Tempo: 1921-1635 a.C. - ano da morte de José. É descrito em Gênesis capítulos 12-50. É com Abraão que começa a história de Israel como povo eleito.
É ele o pai da raça hebréia (SI 105.6; Jo 8.56). Em Ur, Deus cha­ma Abraão para fundar uma nação escolhida, para, por meio dela, executar o plano de redenção da raça humana. Abraão segue para Canaã, parando em Harã. Ali encontra os mitânios, povo influente na época, identificado como os arameus.
Abraão era homem de grandes recursos, um estadista relacionado com reis e demais pessoas de grande projeção e influência. Devemos conhecer mais de perto este grande herói da fé. Ninguém vá pensar que ele era uma figura gro­tesca de beduíno, com cajado na mão, saco no ombro, guiando um rebanho de gado, como se vê em muitas gravu­ras. O quadro desenhado na Bíblia é outro bem diferente. O manual de Geofrafia Bíblica de A. Luce, registra que nas escavações de Ur foi descoberto um contrato de venda de camelos com a firma de Abraão. O Patriarca conheceu o que o mundo tinha de grande em seus dias.
Quando Abraão chegou a Canaã, a terra estava ocupa­da por nações excessivamente ímpias, corrompidas e idola­tras. Teria de ser conquistada. Em Gênesis, capítulo 15, Deus revela o plano de tudo a Abraão, e depois, por meio de José, enviado ao Egito, dá cumprimento a esse plano. O Faraó que elevou José deve ter sido Apepi II, da 16? dinas­tia. José chega a ser Primeiro Ministro e chama todos os descendentes de Abraão ao Egito, onde inicia uma fase de grande desenvolvimento às custas daquele país... Os cami­nhos de Deus são maravilhosos! O Egito era então um im­pério universal, governado por uma dinastia de reis semitas, da mesma origem que José - os hicsos. Os israelitas são bem recebidos no Egito, e ocupam o melhor da terra em Gósen. Os hicsos eram tribos asiáticas, notadamente semitas, que dominaram o Egito durante o tempo em que os israelitas permaneceram lá. Após a morte de José, os naturais retomaram o poder, e começou a perseguição con­tra os israelitas. Isso tinha por finalidade retemperar o ca­ráter do povo para as agruras e, ao mesmo tempo, evitar que ele se misturasse com os egípcios. Os líderes espiri­tuais do período patriarcal são Abraão, Isaque, Jacó e José.
Israel no Egito. Este período vai da morte de José ao Êxodo, isto é, de 1635-1491. Abrange o tempo da escravi­dão no Egito. Estritamente falando, a estada de Israel no Egito inicia-se com a ida dos irmãos de José para compra­rem mantimento (Gn 42).
O período acha-se descrito nos primeiros 12 capítulos do livro de Êxodo. As datas aqui mencionadas estão alteradas, conforme o novo sistema cronológico já aludido. A ciência arqueológica mostra que a cidade de Jerico caiu sob os israelitas em 1440 a.C. Ora, considerando que os israelitas levaram 40 anos no deserto, o êxodo teria ocorrido em 1400 a.C. Muitos eruditos de re­nome dão realmente esta data para o êxodo dos judeus. Entretanto, as mais recentes pesquisas científicas, ainda incompletas, levadas a efeito nas terras bíblicas, levam os arqueólogos a fixar a data do êxodo entre 1300 e 1250 a.C. Outros fixam a data em 1290 a.C. Aguardemos a conclusão dos estudos e pesquisas em processamento, que certamen­te estabelecerão os fatos em bases sólidas. Os cientistas nunca param as pesquisas nesse sentido.
Após a morte de José (1635?), os israelitas ainda tive­ram uns 60 anos de bonança antes de começar a escravi­dão. Esse tempo jaz entre os vv 7 e 8 do capítulo 1 do livro de Êxodo. O rei que não conhecia José (Êx 1.8) é apontado por todos os orientalistas como sendo Amósis I, da 18ª di­nastia, príncipe tebano. Daí ao êxodo (1491) há quase 100 anos - tempo que durou a escravidão, o tempo de aflição. Quanto ao tempo total de permanência de Israel no Egito segundo Êxodo 12.40,41, é discutido no capítulo "Cronolo­gia". Ao findar a escravidão, a nação estava pronta para a conquista de Canaã.
No momento preciso, Deus tirou seu povo do Egito por meio de Moisés, homem que Ele mesmo preparara no de­serto, nos 40 anos que antecedem o êxodo. Dos seus 120 anos, 40 foram vividos no palácio de Faraó (exceto os anos que viveu com seus pais antes de ser entregue à filha de Faraó). Durante estes primeiros 40 anos, ele recebeu ins­trução universitária (At 7.22). Os outros 40 anos foram passados no deserto, onde Deus se revelou a ele, e o prepa­rou para os 40 anos finais, nos quais seria o condutor do seu povo. Foi um dos maiores homens da História. Um israeli­ta preparado na corte mais adiantada do mundo de então. Ele tanto soube viver no palácio, como no deserto, o que muito nos ensina.

3. Israel no Deserto. Este período vai do êxodo ao últi­mo acampamento de Israel em Sitim, nas planícies de Moabe (Nm 22.1; 33.48,49; Js 2.1). Tempo: 1491-1451-40 anos. É descrito nos livros de Êxodo a Deuteronômio. O Egito, estava agora sendo governado pelo seu próprio povo. Os hicsos foram expulsos, como já declaramos, por Amósis I. É consenso quase geral entre os doutos na matéria que o Faraó da opressão dos israelitas foi TOTMÉS III (1501-1447 a.O), casado com sua meio-irmã, a rainha Hatchep-sute, filha de Totmés I. Esta rainha foi a primeira grande mulher da História. Totmés III foi um dos maiores reis do Egito. Seu túmulo está em Tebas e sua múmia no museu do Cairo. Há também outro número de sábios que apon­tam o Faraó da opressão como sendo Ramsés II, outro dos mais famosos Faraós do Egito, o qual sucedeu a Totmés

III. Se foi Ramsés II, então a princesa que salvou o pequeno Moisés foi Termútis, a esposa de Ramsés e filha de Seti I.
Quanto ao Faraó do êxodo, o maior peso de conclusões recai sobre AMENOTEPE II (1447-1420). Outro também muito referido é o Faraó MERNEPTA II, filho de Ramsés II.
Este terceiro período da época de Israel tem lugar no deserto, entre a terra de Gósen, no Baixo Egito e o país de Canaã. A rota seguida foi através do Sul e do Leste da península do Sinai e dos reinos de Edom, Moabe e Seom, na terra dos amorreus ou amoritas, reinos situados ao sul e a leste de Canaã. (Veja o mapa correspondente.)
Neste período, Israel torna-se um estado. A Lei foi pro­mulgada, expressando o caráter santo de Deus, e regulan­do o culto religioso e o governo nacional. Os sacrifícios de animais, já observados desde o albor da história, são ceri-moniosamente instituídos, apontando sempre para Cristo como a perfeita expiação do pecado. O tabernáculo é le­vantado e consagrado, e seus oficiais - os sacerdotes - tam­bém. O tabernáculo gravitava em torno da arca santa que representava a presença de Jeová (Êx 25.22). A Lei veio 430 anos após Abraão, em 1921 a.C. (Gl 3.17).
A Lei, como pacto com Israel, foi abolida (2 Co 3.14). Dela permanecem os princípios morais que são eternos, e são repetidos no NT. O sábado, por exemplo, como dia fixo de descanso, pertencia ao antigo pacto (Éx 31.15-17) e não vem repetido em o Novo Testamento.
A razão de aparecerem na Lei menções de atos indecen­tes é devido às práticas imorais e demoníacas das nações que seriam vizinhas de Israel. Eram medidas preventivas da parte de Deus. Tenhamos isto em mente, pois a Palavra de Deus é pura (SI 119.140). A arqueologia está desenter­rando coisas dos povos cananeus daqueles dias que nos fa­zem corar de vergonha, e também ficar horrorizados, como seja, a prostituição religiosa compulsória, e prática do in­cesto e os sacrifícios de criancinhas.
Após a morte dos primogênitos egípcios, tanto Faraó como o povo em geral estavam dispostos a deixar os israeli­tas saírem do Egito. E saíram mesmo, levando grandes ri­quezas, conforme a promessa de Deus a Abraão em Gênesis 15.14. Verifique o cumprimento disso em Êxodo 3.21,22; 11.2,3; 12.35,36; Salmo 105.37. Que cena: os egíp­cios enterrando seus primogênitos e os israelitas saindo ri­cos!
O ponto de partida foi Ramessés, que, além de ser cida­de, era também uma região (Êx 12.37).
Não era do plano de Deus que Israel peregrinasse qua­renta anos no deserto. Este tempo todo decorrido foi para que morressem os murmuradores que tentaram ao Senhor (Nm caps. 13; 14). Por ocasião das passagens acima, Deus declarou que todos os israelitas de 20 anos para cima, mor­reriam no deserto: não entrariam na Terra da Promessa (Nm 32.8-15). Trinta e oito anos estiveram dando voltas...
Ora, Israel, três meses após sair do Egito, acha-se no Sinai (Êx 19.1). Aí permaneceram 11 meses, atingindo, as­sim, o segundo ano de viagem (Nm 10.11). Partiram do Si­nai, e, após Tabera (Nm 11.3), Quibrote-Hataavá (Nm 11.34,35), chegaram a Cades, no Deserto de Para, no mes­mo ano - o segundo (Nm 13.26). Tabera foi o local onde o povo provocou a ira do Senhor (Dt 9.22). O "Povo misto" que saíra do Egito acompanhando os israelitas (Êx 12.38), começou a chorar pedindo "carne" (Nm 11.4-9). Aquele povo misto representa hoje os membros da igreja não-convertidos. São apenas "acompanhantes". Esses foram uma fonte de perturbação para Israel durante toda a jorna­da. Hoje eles dão o mesmo trabalho nas igrejas. São car­nais, mundanos, desobedientes, recalcitrantes. Por baixo da capa de cristão, abrigam uma natureza tipicamente "egípcia".

Trinta e oito anos depois de Cades, Israel chega ao mes­mo local! (Nm 20.1; Dt 2.14). Trinta e oito anos peregri­nando, porém, dando voltas, sem fazer progresso! O leitor tem tido experiências assim? (Cades tem também outros nomes como: Cades-Barnéia, Para, Sin, Ritma. (Ver Nú­meros 33 e outras passagens correlatas.)
Durante 38 anos, Israel, em vez de caminhar para Ca-naã, estava caminhando para morrer (Nm 14.26-35; 32.11-15). É uma infelicidade o pecado de murmuração ou male-dicência. Murmurar é falar mal às escondidas (Nm 14.27). Este foi o grande pecado de Israel no deserto (1 Co 10.10).
Murmuração e maledicência são uma mesma coisa; mexe­rico não (Lv 19.16); este é levar e trazer fatos, com inten­ções malévolas, mesmo que sejam verídicos.
Os grandes líderes espirituais nacionais deste período são, do lado civil: Moisés e Josué. Do lado religioso: Arão e Eleazar.
O período termina com a morte de Moisés e com Israel acampado nas campinas de Moabe, a leste do Jordão, e ao norte do mar Morto (Nm 33.49).
Moisés, antes de morrer, conquistou a região a leste do Jordão, do mar Morto ao monte Hermom (Dt 3.8), distri-buindo-a da seguinte maneira: o reino amorita, governado por Seon, com sua capital em Hesbom, Moisés deu a parte Sul a Rúben, e a parte Norte - a região chamada Gileade -a Gade. O reino de Basã, ao norte, governado por Ogue, com a capital em Astarote, Moisés o deu à metade da tribo de Manasses, bem perto de Gileade.
4. A conquista de Canaã. Tempo: 1451-1444 - 7 anos. É descrito no livro de Josué. Este é o primeiro período de Is­rael em sua própria terra.
Agora, já sob o comando de Josué, Israel cruza o rio Jordão e acampa-se em Gilgal, junto a esse rio. Gilgal ficou sendo a base de operações de Israel durante toda a con­quista. Esta teve três fases: Sul, Centro e Norte.
Mais ou menos na metade da conquista, o tabernáculo é armado em Silo (Js 18.1), e aí fica a arca até o tempo dos Juizes. A conquista não foi bem sucedida porque os israeli­tas não destruíram totalmente os povos vizinhos, como lhes tinha sido ordenado.
Por causa desta fraqueza e com­placência, tornaram-se impotentes para conquistar toda a terra prometida. A terra tinha sido prometida, mas era preciso ser conquistada palmo a palmo. O mesmo acontece hoje. A "terra prometida" é a obra a ser feita, bem como as bênçãos prometidas. Tem você, leitor, conquistado toda a "terra prometida"? (1 Co 3.22).
Deus, reiteradas vezes, os avisara acerca desses povos pagãos, que deveriam destruí-los. (Ler Levítico 18; 20.1-23; Números 33.50-55; Deuteronômio 7.1-5; 18.9-14 para saber o porquê da ordem divina tão aparentemente estra­nha e tão criticada pelos inimigos da verdade.) A prostituicão, a idolatria e o espiritismo eram pecados entranhados nos povos cananeus.
Enquanto Israel obedeceu, conquistou, mas quando tergiversou, tornou-se impotente. As divindades idolátri-cas que os arqueólogos continuam desenterrando represen­tam uma moral baixíssima. Apresentam aspectos alta­mente indecentes. - Será de estranhar que Deus ordenasse o extermínio desse tumor purulento - os povos cananeus, vizinhos de Israel? Os arqueólogos e demais cientistas que se defrontam em primeira mão com os fatos imorais, desu­manos e satânicos, ficam admirados porque Deus não os destruíra há mais tempo; porque os suportara tanto tem­po. Toda a terra de Canaã era uma Sodoma. O mesmo fato está ocorrendo perante os nossos olhos no mundo hodierno.
Ora, por meio de Israel, Deus estava estabelecendo uma nação sua, preparando, assim, o caminho para a vin­da de Cristo, o qual, milênios depois veio dessa nação. A destruição dos cananeus visava preservar Israel da idola­tria e de práticas vergonhosas que trariam sua ruína. Tam­bém Deus queria implantar o princípio bíblico de que há um só Deus, santo, justo e poderoso. (Predominava o poli-teísmo entre os cananeus.)
A tragédia é que a conquista não foi total, e isto resul­tou em duros castigos e sofrimentos para Israel (Ler Juizes 1.27-36; 2.1-5). Uma síntese do resultado desta falha de Is­rael está em Juizes 3.1-6. Muita terra ficou para ser con­quistada (Js 13.1).

Muitos crentes sabem que há "territó­rio" em si que não está em poder do Senhor, e isto lhes traz sérios embaraços, empecilhos e problemas. (Ler todo o capítulo 23 de Josué.)
O livro de Josué vai até o ano da sua morte: 1425 a.C, cobrindo, assim, um período de 23 anos.
5. Os Juizes. Tempo: 1425-1095 a.C. - mais de 300 anos (Jz 11.26). Este período vai da morte de Josué ao fim do governo de Samuel. Livros do período: Juizes, Rute e 1 Sa­muel capítulos 1-9. Foi um tempo de apostasia em Israel. A fotografia daquele povo está em Juizes 2.10b. Israel não resistiu aos influxos dos cultos e costumes cananeus. Por toda parte havia um novo deus e um novo culto. Os hebreus precisavam estar em estreito contato com Deus para se manterem acima das influências nocivas ao seu re­dor, o que não aconteceu. Isto deve preocupar nossa aten­ção hoje em dia, pois o mesmo fato procura ter lugar atual­mente nas igrejas. Enquanto Israel andou com Deus, sujei­tou seus inimigos. Quando misturou-se com eles, perdeu a força: ficou estacionário, impotente.
O centro religioso nacional ficou nesse tempo em Silo. Temos então o governo dos juizes. Essa forma de governo diz-se que era teocrática, isto é, Deus era o governante di­reto da nação, porém, o povo não levava Deus muito a sé­rio. Era obstinado e ingrato (SI 106, todo). Samuel, o últi­mo juiz, foi também sacerdote e profeta (1 Sm 3.20; At 3.24). Outros profetas deste período: dois anônimos (Jz 6.8-10 e 1 Sm 2.27-36) e Débora, mulher (Jz 4.4.)
O Período dos Juizes foi marcado por anarquia, guerra civil, idolatria, invasões estrangeiras e opressões. O livro de Juizes termina afirmando laconicamente que "cada um fazia o que parecia reto aos seus olhos" (Jz 21.25). O maior líder espiritual do período foi Samuel, que era juiz, sacer­dote e profeta (1 Sm 3.20; 7.9,15).
1. Monarquia. Tempo: 1095-975 a.C. - 120 anos. Este período abrange os reinados de Saul, Davi e Salomão. Li­vros: 1 Samuel 9 a 1 Reis 12. Também 1 Crônicas 10 a 2 Crônicas 10. É o período áureo e esplendo roso de Israel. Saul teve como capital a cidade de Gibeá (1 Sm 10.26). Davi, no seu reinado, conquistou Jerusalém das mãos dos jebuseus e fê-la sua capital (2 Sm 5.6-10).
A primeira capi­tal de Davi foi Hebrom (2 Sm 5.4,5). Deus fez aliança com Davi, declarando-lhe que jamais lhe faltaria descendente sobre o trono de Israel (2 Sm 7.16), o que se cumpriu no Se­nhor Jesus Cristo. Jesus é descendente de Davi (Mt 1.1).
O templo de Deus é construído no reinado de Salomão. Edifício imponente e magnificente. Sua planta Deus mes­mo a revelou a Davi (1 Cr 28.19). Assim acontecera com o tabernáculo no tempo de Moisés (Êx 25.9). Conforme a descrição bíblica, o valor do templo é calculado moderna­mente pelos estudiosos da Bíblia em mais de 2 bilhões de dólares. Era voltado para o Oriente. Foi construído por 30 mil israelitas e 150 mil cananeus - estrangeiros que habita­vam na Palestina (1 Rs 5.13; 2 Cr 2.17,18; 8.7,8). Sua construção levou sete anos (1 Rs 6.38). O material do templo era preparado distante do local da construção e era coloca­do na obra sem se ouvir qualquer barulho de ferramenta (1 Rs 6.7). Tudo isso tem profunda aplicação espiritual. O majestoso edifício foi inaugurado em 1044 a.C.
Foi nesse período que a nação teve sua maior área geo­gráfica devido às conquistas de Davi e Salomão; este che­gou a dominar do Eufrates a Gaza (1 Rs 4.24). Mesmo as­sim ainda não foi abrangida a área total prometida por Deus a Abraão, a qual ainda terá cumprimento pleno (Gn 15.18). O período de tempo do êxodo dos israelitas (sua saí­da do Egito) a Salomão é de 480 anos (1 Rs 6.1).
Profetas deste período (todos não-literários, isto é, suas profecias não foram escritas):
• Um grupo, inclusive Saul (1 Sm 10.10)
• Gade (1 Sm 22.5)
• Nata (2 Sm 7.2). Este, juntamente com Gade eram também capelães da corte
• Aías (1 Rs 11.29)
1. O Reino Dividido. Tempo: 975-606 a.C - mais de 300 anos. Este período vai da divisão do reino aos cativeiros dos reinos do Norte e do Sul. Livros: 1 Reis capítulos 12-22; 2 Reis (todo), e 2 Crônicas capítulos 10-36.


Salomão governou bem, no princípio, sendo humilde e piedoso. Ao envelhecer, tornou-se idolatra e teve inúmeras mulheres, sendo muitas dos povos pagãos. Por isso Deus trouxe a divisão do reino. O profeta Aías proferiu isso em 1 Reis 11.29-31. Em 935, morreu Salomão. O novo rei é Ro-boão, seu filho. Este rei provocou a divisão já predita por Aías, e retardada por Deus em consideração a Davi (1 Rs 11,12).
A divisão do Norte chamou-se Israel. É nas profecias também chamado Efraim e Samaria. Teve 10 tribos. Seu primeiro rei foi Jeroboão I. A religião oficial foi o culto do bezerro. Jeroboão importou tal religião do Egito, onde esti-vera homiziado por razões políticas. Afundou no baalismo - culto indecente e desumano a Baal e sua consorte - Asto-rete. Os profetas Elias e Eliseu, auxiliados pelo rei Jeú, co­mandaram a batalha contra esse culto idolatra. A deca­dência espiritual desceu a ponto de praticarem espiritismo e sacrificarem crianças aos deuses pagãos, num ritual satâ­nico, conforme vai descrito em 2 Reis capítulo 17.
A capital do reino foi Samaria, isto a partir do rei Onri. Antes, serviram como capital Siquém, Penuel e Tirza. Em 734 o reino começou a ser levado em cativeiro para a Assí­ria (2 Rs 15.29). Nessa ocasião, o rei assírio Tiglate-Pileser III (conhecido também como Pul) levou em cativeiro as partes Norte e Leste do referido reino. É o chamado cati­veiro galileu. Em 721 a.C, outro imperador assírio - Sar-gão II, completou o cativeiro do reino de Israel, levando o restante dos seus habitantes para a Assíria (2 Rs 17.6). Sargão é o rei citado em 2 Reis 17.6 e Isaías 20.1. A Assíria enviou povos de seus domínios, inclusive de Babilônia, para repovoar as cidades de Samaria (2 Rs 17.24; Ed 4.2,10). Isso deu origem à religião mista dos samaritanos (2 Rs 17.29-41), que se prolonga até os tempos do Novo Testa­mento (Jo 4.9).
A Assíria foi império mundial por 300 anos (885-607 a.C). Ocupava o vale do Tigre, ao norte de Babilônia, en­quanto Babilônia mesma ocupava o vale ao sul, abarcando o Tigre e o Eufrates. Os assírios foram grandes guerreiros. Praticavam muito a pirataria, fazendo incursões noutras terras. Tornaram-se famosos nisso. Era um povo cruel.
Seus prisioneiros eles esfolavam vivos, ou então cortavam-lhes mãos, pés, nariz, orelhas; vazavam-lhes os olhos, ar­rancavam-lhes a língua, e praticavam outras atrocidades. Sua capital era a grande Nínive. Jonas, profeta do reino do Norte, tomado de sentimento patriótico, recusou pregar a mensagem de arrependimento aos ninivitas, e só o fez compelido por Deus. Assim, o Império Assírio destruiu o Reino do Norte.
O reino de Israel, do qual estamos falando, durou cerca de 250 anos. Teve 19 reis, sendo Oséias o último. Todos adoraram o bezerro. O pior deles foi Acabe. O melhor foi Jorão. Este quebrou a estátua de Baal, mas adorou o be­zerro levantado por Jeroboão. Nenhum dos 19 reis procu­rou levar o povo ao encontro de Deus.
A partir desta época, a cronologia bíblica é mais preci­sa. As Olimpíadas Gregas, iniciadas em 776 a.C, e realiza­das cada quatro anos são um guia razoável para o cálculo de datas. Outra fonte de valor de que lançam mão os dou­tos no assunto são os anais de Roma, cidade-estado funda­da em 753 a.C.
Profetas do Reino do Norte. Pela ordem cronológica.
Não-literários:
• Os dois anônimos mencionados em 1 Rs 13
• Elias (1 Rs 18.1,22)
• Um outro anônimo (1 Rs 20.13)
• Micaías (1 Rs 22.8)
• Eliseu (2 Rs caps. 2-7)
• Obede (2 Cr 28.9) Profetas literários:
• Jonas, com mensagem especial para Nínive
• Oséias
• Amos. Este foi profeta de Judá, mas com mensagem para Israel
• Miquéias. Caso idêntico ao de Amos
A Assíria, além de destruir o reino do Norte, invadiu Judá em 713 (2 Rs 18.14-16) e capturou todo Judá menos Jerusalém, em 701 (2 Rs 19). Nessa ocasião o anjo do Se­nhor feriu 185 mil assírios. Em ambos os casos, o rei envol­vido foi Senaqueribe.
A Assíria foi vencida por Babilônia em 607 a.C.

O reino do Sul chamou-se Judá. Teve duas tribos: Judá e Benjamim. Muitos de Efraim, Manasses e Simeão tam­bém se uniram a Judá (2 Cr 15.9; 34.1,3,6). Simeão ficava ao sul de Judá, sem meios de comunicação com as tribos do norte. A capital continuou sendo Jerusalém. Durou pouco mais de 100 anos após o cativeiro do Reino do Norte. Religião oficial: o culto a Deus, entretanto afundou tanto na impiedade, inclusive no baalismo e práticas cananéias, que não houve remédio senão parar no cativeiro babilôni-co. Procedeu pior que o Reino do Norte (Ez 16.46-48). Os profetas bradaram em vão. Teve 20 reis, sendo o último Zedequias. Seus bons reis foram três: Ezequias, Josias e Joás. O pior de todos foi a satânica Atália. A mensagem principal dos profetas era contra a idolatria.
Foi levado em cativeiro para Babilônia em três levas sucessivas, assim:
1) Em 606 a.C. Nabucodonosor - um dos maiores mo­narcas de todos os tempos, 29 rei do novo império babilôni-co, subjugou Jeoaquim, rei de Judá, que ficou sendo seu servo. Saqueou o templo. Levou cativos os membros da família real, inclusive Daniel (Dn 1.1-3,6). A contagem dos setenta anos de exílio começou nessa data. Jeoaquim, após três anos, rebelou-se contra Babilônia (2 Rs 24.1).
2) Em 597 a.C. Nabucodonosor volta. Saqueia o tem­plo. Leva o rei Joaquim (filho de Jeoaquim) além de 10.000 outros judeus, entre príncipes oficiais e líderes - a aristo­cracia judaica. Põe Zedequias, irmão de Joaquim, como rei em lugar deste. Nesta leva foi também o profeta Ezequiel. O fato vai descrito em 2 Reis 24.10-17; 2 Crônicas 36.9,10.
1. Em 587 a. C. O exército de Nabucodonosor sitia a ci­dade de Jerusalém. Após um ano e meio de assédio, isto é, em 586 a.C, a cidade cessa a resistência ao cerco. Os víve-res acabam. A fome apodera-se do povo. A cidade é toma­da de assalto. Zedequias é preso quando se evadia, e leva­do a Ribla em Hamate, onde está Nabucodonosor. Aí seus olhos são vazados e é conduzido à Babilônia. Um mês após este acontecimento (Jr 52.6,12), Jerusalém é incendiada e o templo destruído totalmente por Nebuzaradan; à frente do exército de Nabucodonosor. Os que não foram mortos à espada, foram levados cativos. Um remanescente consti­tuído de gente pobre foi deixado na terra.
Gedalias foi no­meado governador sobre eles. Este mesmo remanescente, temendo novo ataque dos babilônios, fugiu para o Egito. O fato está descrito em 2 Reis 25.1-22; Jeremias capítulos 39,52. Segundo este último capítulo, outros cativos segui­ram após esta ocasião, mas, em número reduzido. O núme­ro total de cativos levados a Babilônia ninguém sabe. O re­gistro bíblico é impreciso.
Assim findou aparentemente o reino de Davi. Com o advento de Cristo, este reino reviveu, e terá sua plenitude no Milênio (Lc 1.32,33).
Isaías e Miquéias, profetas contemporâneos do reino de Judá, predisseram este cativeiro cem anos antes de reali­zar-se (Is 39.6; Mq 4.10). Jeremias predisse que a duração do cativeiro seria de 70 anos (Jr 25.11,12).
Profetas de Judá antes do exílio:
Não literários:
• Semaías (2 Cr 12.5)
• Ido (2 Cr 12.15)
• Azarias (2 Cr 15.1)
• Eliézer (2 Cr 20.37)
• Um anônimo (2 Cr 25.15)
• Hulda (mulher - 2 Rs 22.14)
• Profetas anônimos (2 Rs 23.2)
• Urias (Jr 26.20-23)
• Hanani (2 Cr 16.7-10)
• Jaaziel (2 Cr 20.14-18)
O cativeiro durou 70 anos: 606-536 a.C. Livros escritos durante o período e que o descrevem: Jeremias (especial­mente caps. 39ss); Lamentações, Ezequiel, Daniel, Es-dras, Neemias, Ester, Ageu, Zacarias, Malaquias.
Profetas desse tempo:
• Daniel, na corte do Império Babilônico. Era de famí­lia real.
• Ezequiel, no campo, entre os cativos. Sua mensagem é dirigida a todo o Israel. Era sacerdote.
• Jeremias, entre o remanescente deixado na Palesti­na.

O cativeiro curou Israel da idolatria até hoje. Desde en­tão, os judeus poderão ser acusados de outros pecados, mas não de idolatria. O cativeiro trouxe ainda outras bênçãos. As Escrituras começaram a ser estudadas, copiadas e ensi­nadas. Surgiram nesse tempo as sinagogas, pelo fato de os judeus terem ficado privados do seu grandioso templo. Sentiram também a causa do seu infortúnio (SI 137). Es­tas e muitas outras bênçãos, oriundas do cativeiro, levam-nos ao Salmo 119.71, onde vemos que a aflição é um meio de aprendizagem com relação a Deus.
Em Babilônia os judeus aprenderam o aramaico, língua oficial do Império Babilônico e também língua fran­ca do Oriente Próximo. Babilônia dominou o mundo por 70 anos: 606-536 a.C, exatamente o tempo em que os judeus estiveram ali desterrados. Os imperadores babilônios du­rante o exílio de Israel (isto é, durante todo o Império Ba­bilônico) foram:
• Nabopolassar (625-604 a.C.). Sacudiu o jugo assírio em 625 e fundou o Novo Império Babilônico. Em 606, com o auxílio dos medos, conquistou e destruiu Nínive, a capi­tal do Império Assírio. Em 605 venceu o Egito na famosa batalha de Carquêmis.
• Nabucodonosor (606-561 a.C). O maior governante babilônico. Levou os judeus para o cativeiro e destruiu Je­rusalém. Levou 20 anos para consumar o cativeiro. Poderia ter feito isso de uma vez. É possível que Daniel, que era seu conselheiro, tenha contribuído para retardar a destruição do reino de Judá. Que Daniel influiu na personalidade da­quele monarca é visto no livro do referido profeta. A provi­dência divina é graciosa e maravilhosa: durante todo o ca­tiveiro babilônico, Deus tinha um profeta na corte, que era, ao mesmo tempo, estadista. É também o caso de José assistido por Deus no Egito, e Davi no deserto, ambos no dia da adversidade.
• Evil-Merodaque (561-560).
• Neriglissar (559-556).
• Labás-Marduque (555-536).
O profeta Daniel conviveu com todos estes imperado­res, inclusive, é claro, Nabucodonosor (Dn 1.21).
Em 536 a.C, a Pérsia subjugou Babilônia e dominou o mundo até a elevação dos gregos em 330. Antes disso, a Pérsia vencera a Média, formando, desde então, um só domínio.
Ao terminar os 70 anos de exílio, Ciro, o primeiro gover­nante persa, proclamou o retorno dos judeus, bem como a restauração do país de Israel, o qual durante o domínio persa chamou-se "Província de Judá" (Ed 5.8). Nos docu­mentos era também mencionado como uma das terras de "Além do Rio" (Ne 2.7,9). A restauração do país levou pouco mais de 100 anos: - 536-432 a\C Nesse período, o templo foi reconstruído e o Antigo Testamento concluído. Esse segundo templo, conforme Josefo - o historiador ju­deu, tinha apenas a metade do tamanho do de Salomão, e não era rico em ouro nem prata, como aquele.
Nos anos da reconstrução, aumentou também o ódio entre judeus e samaritanos, iniciado em 2 Reis 17.24ss.
Ocorreu então o cisma definitivo entre judeus e samarita-nos.
Ester, uma formosa judia, dentre os cativos de Israel, veio a ser rainha da Pérsia, em 478 a.C, ou seja 58 anos após o retorno dos judeus. O livro de Ester situa-se entre os capítulos 7 e 8 do livro de Esdras. Anotem isto os estudan­tes da Bíblia, pois há outros casos similares através do tex­to sagrado.
Ninguém sabe o que teria acontecido aos judeus se Es­ter - uma judia - não tivesse casado com o rei da Pérsia. Aqui, como noutras partes da Bíblia, vemos que, em meio ao necessário castigo, Deus prove alívio e auxílio para que o coração não desespere. É o que diz Davi no Salmo 23.5: "Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos". Deus revela assim sua natureza de amor e ter­nura, "pois não é de bom grado que Ele aflige os homens" (Lm 3.33). Essa jovem judia, sem o saber, cooperou com sua parte para a vinda do Salvador. Seu marido (Assuero) é o Xerxes da História. Teve uma Marinha de 4.000 navios com que atacou os gregos.
Líderes judaicos durante a restauração:
Religiosos: Josué e Esdras.
Civis: Zorobabel e Neemias. Ambos funcionaram como governadores nomeados pela Pérsia.
Profetas do período:
• Ageu e Zacarias, a partir de 520 quando foi reiniciada a construção do templo, que estivera paralisada desde seu início, em 535 a.C.
• Malaquias. Ministrou ao findar o tempo de Esdras e Neemias. Em 433, Neemias voltou à Pérsia, a fim de reno­var sua licença e retornou a Jerusalém em 432 (Ne 13.6). É após esta data que Malaquias entra em cena. Em seu livro, ele não menciona o nome de Neemias. Certamente o gover­nador já era outro quando este profeta escreveu o seu livro. Apenas menciona o "governador". Outras evidências in­ternas do livro mostram que foi escrito após o tempo de Neemias. Malaquias foi o último profeta literário do Anti­go Testamento.
Assim como houve três levas de cativos ao exílio, houve também três levas de repatriados.
Primeira. Em 536, sob Zorobabel e Josué; o primeiro como governador e o segundo como sacerdote. Esta leva deu início à construção do templo, no ano seguinte - 535.
Segunda. Em 457, sob Esdras. Este veio da Pérsia com a missão principal de embelezar o templo, conforme se lê em Esdras 7. Foi ele o fundador do grêmio dos escribas. (Os escribas já funcionavam desde tempos imemoriais). A partir de Esdras, os escribas se organizaram como um cor­po de copistas da Lei. Mais tarde tornaram-se intérpretes da Lei (Mt 23.2). O Talmude começou a formar-se nesse tempo. Entre a 1? e 2? levas de repatriados ocorrem os fatos do livro de Ester (478).
Terceira. Em 445, sob Neemias, homem piedoso e pa­triota. Era copeiro do rei da Pérsia, que nesse tempo era Artaxerxes Longímano (Ne 2.1). A função de copeiro na­queles tempos era de muita confiança. Corresponde hoje à função de ministro. Ele reconstruiu os muros de Jerusa­lém.
Os judeus regressaram falando o aramaico, língua que era falada em toda a Mesopotâmia. Quando as Escrituras eram lidas em hebraico, era preciso fazer a tradução para o aramaico, como se vê em Neemias 8.8.
Entre os repatriados, vieram muitos elementos do ex­tinto Reino do Norte. Lembremo-nos de que parte dos exi­lados daquele reino foi para as cidades da Média (2 Rs 17.6). Ora, a Média e a Pérsia formavam agora um só rei­no, o que tornou praticável a volta de elementos das tribos do Norte. A passagem de 1 Crônicas 9.3, alusiva aos repa­triados, declara que filhos de Efraim e Manasses (tribos de Norte) habitaram em Jerusalém.
Em Esdras 10.25, quan­do da solução do problema de casamento de judeus com mulheres hetéias, o Reino do Norte é mencionado como "Israel" também em Esdras 6.17; 8.35 e 10.5 é mencionado "todo o Israel", querendo dizer povos dos dois reinos. Ana, no Novo Testamento, era da tribo de Aser, do antigo Reino do Norte (Lc 2.36). Nos dias de Paulo e Tiago existiam nú­cleos de todas as tribos (At 26.7; Tg 1.1). É importante sa­ber que mesmo antes da deportação de Judá para Babilô­nia, o reino do Sul já tinha elementos de várias tribos do Norte. (Ver 2 Crônicas 15.9 e 30.11.) Certamente os exilados de Judá, quando voltaram à pátria, passaram pelo alto Eufrates (sendo esse o caminho habitual), onde estavam seus irmãos do Norte e conduziram os que resolveram vol­tar à Palestina. O Senhor Jesus fez menção das 12 tribos reunidas no futuro.
• Jeú (2 Cr 19.2).
• Joel
• Amos, com mensagem também para o Reino do Nor­te.
• Isaías e Miquéias. Foram contemporâneos. Ministra­ram logo após o cativeiro do Reino do Norte. Isaías profeti­zou também para o Reino do Norte, pouco antes da depor­tação das dez tribos.
• Sofonias, de família real.
• Naum. Teve mensagens também para Nínive.
• Habacuque e Obadias. Este teve mensagens para Edom. Estes quatro últimos foram contemporâneos.
• Jeremias. Profetizou antes e durante o cativeiro, em Jerusalém. Suas mensagens não têm ordem cronológica. Foi contemporâneo do grupo de profetas que o precedem. Habacuque o ajudava em Jerusalém.
O ministério dos profetas durou uns quatrocentos anos: 800-400 a.C. Havia escolas de profetas em Betei (1 Sm 10.5), em Rama (1 Sm 19.19,20), Jerico (2 Rs 2.5), Gilgal (2 Rs 4.38).
O cativeiro de Judá, em parte, foi fruto da desobediên­cia dos judeus quanto às palavras do Senhor em Isaías 25.1-7, referentes ao Ano Sabático ou Ano de Descanso, quando a terra descansava um ano. O ano sabático ocorria cada sete anos. Ora, durante os quase 500 anos que vão da monarquia ao cativeiro dos judeus, eles não cumpriram o preceito do Senhor. Resultado: Deus mesmo fez a terra re­pousar, mantendo fora seus maus "inquilinos" por 70 anos.
Ora, 70 anos é o total de anos sabáticos ocorridos no espaço de 490 anos (Lv 26.14,33-36,43; 2 Cr 36.21). Deus sabe lidar muito bem com pessoas e nações que quebram suas leis, mesmo as civis, como esta que acabamos de men­cionar. As leis divinas quando obedecidas, trazem bên­çãos; quando quebradas, punição. Se esta não vem logo, é pela misericórdia de Deus: "Suas misericórdias não têm fim" (Lm 3.22b).
Outras causas do desterro já foram mencionadas em parágrafos precedentes: impiedade, idolatria, desafio atre­vido a Deus, etc. (2 Cr 7.19,20). Ninguém buscava a Deus entre pequenos e grandes (Jr 5.1,4,5). Até os sacerdotes e levitas que deviam verberar contra o pecado, afundavam também na iniqüidade (Jr 23.11; Lm 4.13; Ez 34 [todo]; Jl caps. 1 e 2; Oséias [todo.] O histórico do ponto de vista di­vino, dos pecados de Israel, está em Jeremias 5; 7.30; Eze-quiel 20.
Reinava em Roma quando Jerusalém foi destruída: Tarquínio Prisco.
8. Período do Cativeiro e Restauração (Lc 22.30). Profe­cias de futura reunião das 12 tribos: Isaías 49.6; Jeremias 3.18; 50.4; Ezequiel 37.21,22; Oséias 1.11; Zacarias 8.13.
Benefícios derivados do cativeiro
• A idolatria foi abolida de vez, como já dissemos.
• A lei de Moisés passou a ser respeitada e levada a sé­rio.
• O estudo da Lei foi difundido e intensificado median­te as sinagogas surgidas.
• Renovação da Esperança Messiânica pelo estudo da Palavra de Deus e avivamento espiritual.
• Projeção do sentimento nacionalista. O cativeiro também os ensinou isto (Salmo 137).
Do exposto, Israel foi criado no Egito, destruído pela Assíria e Babilônia, e restaurado pela Pérsia.
1. Período Interbíblico. Vai de Malaquias ao advento de Cristo. Tempo: mais de 400 anos; de cerca de 430 ao iní­cio da Era Cristã. Malaquias deve ter ministrado de 432 a 430, quando deve ter sido encerrado o Antigo Testamento. Este período está profeticamente descrito em Daniel 11 a 12.4.


O Período Interbíblico inicia com Israel sob o domínio persa. "Interbíblico" quer dizer "entre a Bíblia"; isto por­que é um período em branco em que não houve revelação divina escrita. Nenhum profeta se levantou nesse período. O domínio persa prosseguiu por mais quase 100 anos. Os persas foram brandos e tolerantes. Os judeus gozavam de considerável liberdade sob eles.
Durante o Período Interbíblico, Israel esteve sempre sob o domínio estrangeiro, exceto entre 167-63 a.C, quan­do os irmãos Macabeus conseguiram uma heróica e san­grenta independência. Continuou em formação o que mais tarde chamar-se-ia o Talmude. Nesse período, surgiram também a Grande Sinagoga, a versão grega das Escrituras hebraicas chamada Septuaginta, os livros apócrifos do An­tigo Testamento e o Sinédrio, que era o supremo tribunal civil e religioso dos judeus.
Durante o Período Interbíblico vamos encontrar a Ju-déia sob três impérios mundiais - o Persa, o Grego, e o Ro­mano, além do intervalo de pouco mais de 100 anos em que ela esteve independente.
a. A Palestina sob o Império Persa. Após Neemias e Malaquias, toda a Palestina continuou sob os persas por mais quase 100 anos, até 330, quando a Grécia venceu a Pérsia. Judá esteve sob os persas em 536-330 a.C. O centro do Império Persa ficava onde é hoje o Irã. Suas capitais fo­ram primeiramente Babilônia e logo depois Susa, construí­da por Cambises, especialmente para esse fim. Susa é mencionada em Neemias 1.1; Ester 1.2; Daniel 8.2.
A Bíblia menciona o fim do período persa em Neemias 12.22. O "Dario, o Persa" aí mencionado é o Dario Codó-mano, da História: o último rei persa. Reinou em 336-330 a.C. Foi derrotado por Alexandre Magno, da Grécia, em 330, na famosa batalha de Arbela, perto de Nínive. O "Já-dua" aí mencionado, foi o sumo sacerdote que recebeu Ale­xandre em Jerusalém quando ele submeteu a Palestina, em 332, na sua marcha de conquista do Oriente. Como im­pério mundial, os persas dominaram 200 anos.
Nessa ocasião já assomava no horizonte a sombra ameaçadora do que mais tarde viria a ser o maior império do mundo – Roma.


b. A Palestina sob o domínio grego.
Tempo: 330-167 -mais de 150 anos. Em 330, Alexandre, o monarca grego, ti­nha o mundo todo a seus pés, após seis anos de conquistas e doze de reinado. Em 332, como já dissemos, na sua inves­tida para o Oriente, ele submeteu a Palestina, sendo tolerante e benevolente para com os judeus. Com a ampliação do domínio grego, começa a espalhar-se e a predominar a língua grega com sua imensa cultura, preparando, assim, o caminho para o surgimento da Bíblia em grego (a Septua-ginta), e para a vinda do Salvador, o qual encontrou o gre­go predominando em todos os contornos do Mediterrâneo e outras regiões. Tempos após a morte de Alexandre, cada país, além de sua língua, conhecia também o grego. Isso fa­zia parte do preparo para a vinda do Salvador.
Em 323 morre Alexandre, em Babilônia, aos 33 anos de idade. O governo do Império ficara nas mãos de um só ho­mem por pouco tempo. Houve lutas entre os diversos pre­tendentes, e, com elas, as divisões. Finalmente, o vasto im­pério foi dividido entre quatro dos famosos generais de Ale­xandre:
• SELEUCO I, NICÁTOR, ficou com a Síria, Ásia Me­nor e Babilônia. Capital: Antioquia da Síria. A dinastia de reis gregos, da qual foi fundador, teve 18 reis até o ano 65 a.C, quando a Síria foi convertida em província romana.
• PTOLOMEU I, SÓTER I, PTOLOMEU LAGOS (a-parece na História com esses nomes) ficou com o Egito. Capital: Alexandria, que fora fundada por Alexandre, em 332. Fundou a dinastia dos Ptolomeus, os reis gregos do Egito. Houve 15 Ptolomeus até o ano 30 a.C, quando o Egito foi convertido em província romana. Cleópatra VII (famosa na história), foi rainha co-regente, em 52-30 a.C.
• CASSANDRO ficou com a Macedônia e a Grécia. Capitais: Pela e Atenas. Não teve dinastia, como os dois mencionados.
• LISÍMACO ficou com a Trácia. Não teve dinastia.
Resumo Histórico da Palestina sob o Domínio Grego
• Sob a Grécia propriamente dita, isto é, sob Alexan­dre: 332-323 - 9 anos.
• Sob a Síria e Egito, alternadamente: 323-301. Na di­visão do império de Alexandre, a Palestina ficou inicial­mente sob a Síria (323-320). Em seguida sob o Egito (320-314).
E assim passou de uma a outra mão, por várias vezes até o ano 301 a.C, quando o Egito e a Síria fizeram de seu território campo de batalha, onde mediam forças.
• Sob o Egito só: 301-198. Um dos reis deste período foi Ptolomeu II, Filadelfo que reinou de 285-247 a.C. Foi ele que providenciou a tradução em grego das Escrituras Sa­gradas. Construiu também o célebre farol de Alexandria, uma das sete maravilhas do Mundo Antigo, na Ilha de Fa-ros, de onde vem a palavra "farol". Esta fase foi de pro­gresso para os judeus, que tinham boa recepção no Egito. Os apócrifos do Antigo Testamento começaram a surgir nesse tempo. Todos eles foram escritos entre 270-50 a.C.
• Sob a Síria só: 198-167. Um dos reis deste período foi o monstro Antíoco Epifânio, que reinou de 175-167 a.C. Este homem decidiu exterminar o povo judeu e sua reli­gião. É comparável a Herodes, Nero, Hitler e outros da mesma estirpe. Proibiu o culto a Deus. Recorreu a todo tipo de tortura para forçar os judeus a renunciarem sua crença em Deus. Isto deu lugar à revolta dos irmãos Maca-beus.
Durante a época dos Ptolomeus e Selêucidas, a língua grega foi implantada na Palestina. O poder civil passou a ser exercido pelo sumo sacerdote, que exercia também o poder religioso. Sua divisão política nesse tempo constava de 5 províncias ou distritos: JUDÉIA, GALILÉIA, TRACONITES, PERÉIA.
Surgiram também na fase acima as seguintes seitas re­ligiosas:
a) Os Fariseus. (Em hebreu: "separados"). Inicialmen­te, primavam pela pureza religiosa. Seu objetivo era con­servar viva e ativa a fé em Jeová. Depois, tornaram-se se­cos, ritualistas e hipócritas, como Jesus os classificou. Eram nacionalistas.
b) Os Saduceus. (Em hebreu: "justos"). Eram os aris­tocratas da época, adeptos do que chamamos hoje raciona-lismo (At 5.17; 23.8). Eram helenistas, isto é, partidários dos gregos, dos seus sistemas, etc.
1. Os Essênios eram uma ordem monástica, verdadeira irmandade. Praticavam o ascetismo. Viviam nas vizinhan­ças do mar Morto. A raiz, da qual deriva a palavra "essê-nio", significa "piedoso". Pareciam uma seita oriental com mistura de judaísmo. Até hoje não está plenamente esclarecida a origem dos essênios.

c. A Palestina independente sob os Macabeus: 167-63 a.C. O nome "Macabeu" vem de Judas, que tinha este no­me. Como declaramos acima, a partir de 198, a Palestina passou ao controle da Síria. Os primeiros 30 anos foram to­leráveis, mas, em 175 a.C, subiu ao trono da Síria um ho­mem excessivamente mau - Antíoco Epifânio, também co­nhecido como Antíoco IV. Foi violentamente rancoroso para com os judeus. Resolveu exterminar este povo e sua religião. Em 168 ele arrasou Jerusalém, profanou o templo, erigiu nele um altar a Júpiter e imolou uma porca no altar dos holocaustos. Decretou pena de morte para quem prati­casse a circuncisão e adorasse a Deus. Destruiu quantas cópias encontrou das Escrituras. Quem fosse encontrado lendo a Bíblia era morto também. Cumpriram-se as profe­cias de Daniel 8.13, mas, de modo parcial, pois o pleno cumprimento é ainda futuro, conforme Mateus 24.15.
Antíoco recalcado pelos insucessos contra o Egito, vin­ga-se nos judeus. No seu assalto a Jerusalém, mata jovens, velhos, mulheres e crianças, chegando a 80.000 o número de mortos. Levou 40 mil cativos e vendeu outro tanto como escravos. Os dois anos seguintes foram de desolação e hu­milhação. Em seguida começaram novas atrocidades. Chega da Síria um exército de mais de 20.000 homens, e, num sábado quando o povo em obediência à Lei adorava a Deus, o exército de Antíoco, comandado por Apolônio, lan­çou-se sobre os indefesos judeus e houve então um dos maiores massacres da História, Jerusalém foi incendiada. Antíoco decretou como religião oficial dos judeus o paga­nismo grego, obrigando-os a observá-la.
O início da revolta dos Macabeus, 167 a.C.
Ardia no peito dos judeus o sentimento de revolta. A perseguição religiosa atingia agora todo o país. O senti­mento patriótico toma conta do povo. Falta apenas um líder para dar o grito de revolta. Todos estavam em torno de um mesmo ideal - independência. O velho sacerdote Matatias, que vivia em Modim (entre Jope e Jerusalém), foi o herói que deu o brado de guerra e desfraldou a bandei­ra da revolta. Tinha ele cinco filhos, todos valorosos: JOÃO, SIMÃO, JUDAS, ELEAZAR, JÔNATAS. Eram fariseus verdadeiros. O velho sacerdote dirigiu a luta com muita bravura, obtendo sempre vitórias. Morreu no mes­mo ano da revolta: 167.
Trataremos agora dos cinco irmãos Macabeus, indivi­dualmente. A Palestina experimentou independência sob eles por 100 anos.
• JUDAS. 166-161. Ao falecer o velho pai, Judas assu­miu a direção da luta. A vitória continuou com os judeus. Ainda em 167, Judas retomou Jerusalém e começou a re­parar o templo. As batalhas continuaram. Os judeus saíam sempre vitoriosos. Em 25 do mês de Quisleu (nosso de­zembro) de 165 a.C, Judas rededicou o templo com uma grande festa denominada "Festa da Dedicação", a qual continuou sendo comemorada pelas gerações através dos tempos. O Senhor Jesus esteve presente a uma dessas fes­tas (Jo 10.22,23). Judas fez aliança com Roma, o que mais tarde foi muito útil para os judeus. Antíoco morreu em 164, mas a Síria continuou lutando. Judas prosseguiu dan­do combate aos sírios. Foi um guerreiro de admirável gênio militar. Morreu em combate em 161.
• ELEAZAR. Morreu em combate antes de 161 a.C.
• JÔNATAS. 161-142. Foi também guerreiro notável, conduzindo o exército de vitória em vitória. Morreu numa traição urdida por um pretenso amigo seu, um general sírio, em 142. Foi ele o primeiro judeu a exercer as funções de rei e sacerdote a um só tempo.
• JOÃO. Morreu antes de Jônatas.
• SIMÃO. 142-134. É o último Macabeu sobrevivente. Morreu à traição em 134. Consolida a vitória e é feito por seus compatriotas governador e sumo sacerdote. A Síria continuou atacando.
Agora, os governantes que se seguem são também des­cendentes dos Macabeus.
• JOÃO HIRCANO. 134-104. Era filho de Simão. Hir-cano cercou e destruiu a cidade de Samaria, arrasando o templo dos samaritanos, construído sobre o monte Geri-zim, por permissão de Alexandre, o Grande, quando impe­rador. Isso ocorreu no ano 128 a.C. Os idumeus, que habi­tavam ao sul da Palestina, também atormentavam cons­tantemente os judeus. Hircano os conquistou e fê-los acei­tar a religião judaica. Isto não os transformou em verdadeiros judeus, como veremos mais adiante. No ano 109 é mencionado o Sinédrio. Hircano morre em 104. Nesse tem­po a divisão política da Palestina era: JUDÉIA, SAMA­RIA, GALILEIA, IDUMÉIA, PERÉIA.

• ARISTÚBULO I. 104-103. Era filho de João Hircano I. Morreu em 103. No seu breve governo, conquistou a Itu-réia e outras regiões a leste do Jordão. Enfermidade foi a causa de sua morte. Ele usurpara o trono à sua mãe, a quem Hircano deixara no governo.
• ALEXANDRE JANEU. 103-76. Era irmão de Aristó-bulo I. Obteve várias conquistas visando alargar as frontei-jas da Palestina. Cometeu vários desmandos. Houve tu­multos internos, verdadeira guerra civil, devido aos des­mandos de Janeu.
• ALEXANDRA. 76-67. Fora esposa de Aristóbulo I. Após a morte deste, casou com Alexandre Janeu. Morto Alexandre, ela ascendeu ao trono. Seu reino foi pacífico e próspero.
• ARISTÚBULO II. 67-63 a.C. Foi o último rei do período independente. Era filho de Alexandre Janeu. Ti­nha um irmão chamado Hircano II, mais velho que ele. Alexandra, ao morrer, deixou a coroa a seu filho mais ve­lho: Hircano II. Todavia, Aristóbulo II, sendo mais novo, usurpou o poder pelas armas. Hircano deixou o governo pacificamente.
À esta altura, entra em cena o aventureiro ANTÍPA-TER, governador militar da Iduméia, constituído por Ale­xandre Janeu. Antípater não era judeu, e sim idumeu. Lembremo-nos de que a Iduméia fora subjugada por Hir­cano I. Antípater instigou Hircano II a vingar-se de seu ir­mão Aristóbulo II. Resultado: Hircano foi a Nabatéia, na Arábia, e junto ao rei Aretas obteve um exército para lutar contra Aristóbulo. Irrompe a guerra civil. O exército roma­no encontra-se em operações em Damasco, conquistando nações. Tanto Aristóbulo como Hircano enviam emissários ao exército romano. Pompeu, o general romano, intervém. Corria o ano 63 a.C. Captura a cidade de Jerusalém e en­trega o poder a Hircano II. (Recordemo-nos de que Judas Macabeu fizera aliança com Roma.) Mesmo assim, Antípater continuou instigando e orientando Hircano II para o prosseguimento da luta.
Portanto, a partir de 63 a.C, a Palestina passa ao domínio romano, fazendo parte da província romana da Síria, ficando a sede da província neste último país.
d. A Palestina sob o domínio romano: 63 a.C, em dian­te
Como já vimos na letra "c", Roma ocupou a Palestina em 63 a.C.

Nesse ano Pompeu arrebatou o poder das mãos de Aristóbulo II e entregou-o a Hircano II, que fora despo­jado por Aristóbulo. Este e seus dois filhos (Alexandre I e Antígono II) foram levados cativos a Roma. Tempos de­pois, pai e filho (Aristóbulo II e Alexandre I) foram mortos em circunstâncias e ocasiões diferentes, sobrevivendo ape­nas Antígono II. Alexandre I deixara dois filhos: Aristóbulo III e Mariana, a qual mais tarde foi esposa da fera chama­da Herodes o Grande, filho de Antípater, o idumeu pertur­bador, de que estamos falando.
Veremos agora a lista dos governantes da Palestim du­rante o período romano, partindo do ano 63 a.C. até o iní­cio da Era Cristã.
• HIRCANO II. 63-40 a.C. Já falamos desse homem na letra "c". Hircano começou a governar a Palestina por de­legação de Pompeu, o general romano. Em 47 a.C, César nomeia Hircano II etnarca da Judéia. Todavia, Hircano era um rei apenas titular; quem de fato o dirigia em tudo era o idumeu Antípater. Ainda em 47 a.C, César nomeia Antípater como Procurador Geral da Judéia, isto é, encar­regado do fisco, como reconhecimento aos seus serviços, pois Antípater auxiliara César na campanha deste contra o Egito, fornecendo tropas a Pompeu, o general de César. César nomeia também Herodes, filho de Antípater, Gover­nador da Galiléia. Após a morte de César, em 44 a.C, Antípater morre envenenado por um cortesão de Hircano II.
Herodes governava a Galiléia, mas se imiscuía em toda a vida do país, urdindo intrigas e perfídias com a conivên­cia do próprio pai que era Procurador Geral da Judéia. Vendo Herodes o antagonismo dos judeus devido ao seu modo de proceder arbitrário, abusivo e ditatorial, procura abrandá-los, noivando com Mariana, neta de Hircano II. (Era filha de Alexandre I; irmã de Aristóbulo III). Herodes já era casado com uma filha do rei Aretas, de Nabatéia. Ele, com isso, visava galgar a todo custo o trono de toda a
• ANTÍGONO II. 40-37 a.C. Por volta do ano 40, a Síria rebelou-se contra o domínio romano, auxiliada pelos poderosos partos. Em seguida, partos e sírios atacaram e saquearam a Palestina. Antígono buscava vingar a morte de seu pai Aristóbulo II e seu irmão Alexandre II, como já descrevemos. Com a ajuda dos partos e sírios ele marcha sobre Jerusalém.

Herodes, governador da Galiléia, mas que se intrometia na vida de todo o país, foge para Roma. Antígono apodera-se de Jerusalém, destrona Hircano II e governa de 40-37 a.C. Hircano é levado cativo pelos partos. Tempos depois volta. Herodes chega a Roma. Perante o Senado e os triúnviros consegue ser nomeado rei da Judéia no mesmo ano - 40 a.C. O exército romano ataca os invaso­res de Jerusalém, partos e sírios. Herodes regressa à Pales­tina, procura ganhar o favor dos judeus e casa-se com Ma­riana, como já fizemos menção. Herodes, auxiliado pelas tropas romanas que acabavam de vencer os partos, sitia Jerusalém. Os soldados romanos tomam a cidade de assal­to e fazem grande matança. Antígono é destronado e en­viado a Roma, onde é morto por instigação de Herodes. As­sim, Herodes apodera-se do trono da Palestina.
• HERODES O GRANDE. 37-4 a.C. Herodes, como já vimos, governava a Galiléia, mas sua ambição era o trono do país todo, o que conseguiu mediante esperteza e astú-cia. Diz Watson mui sabiamente: "Herodes era idumeu por nascimento, judeu por profissão, romano por necessi­dade, e grego por cultura". Praticou o paganismo grego. Uma vez no trono, mandou matar todos os partidários de Antígono e os membros do Sinédrio. Em certos detalhes, foi um segundo Epifânio. Do seu casamento com Mariana, nasceram dois filhos: Alexandre II e Aristóbulo IV. Temen­do conspiração do remanescente hasmoneano, Herodes, tendo já ocasionado a morte de Antígono, mandou matar o sumo sacerdote Aristóbulo III, irmão de Mariana. Matou também o velho Hircano II, tio de Mariana.
A esta altura, Herodes ganha o favor de Otávio. (Otá­vio é o César mencionado em Lc 2.1, que reinou de 31 a.C. a 14 d.C.) Otávio dirigia-se para a campanha do Egito, quando Herodes foi encontrá-lo em Ptolemaida, levando suprimentos para suas tropas. Otávio derrotara Antônio em Ácio (31 a.C), e este fugira para o Egito com Cleópatra VII, sua amante.
A Palestina estava agora dividida em 6 distritos: JU-DÉIA, SAMARIA, IDUMÉIA, GALILÉIA, PERÉIA, ITU-REIA. Herodes continuou a molestar os judeus. Dando ou­vido a denúncias falsas, manda matar sua esposa favorita, Mariana, em 20 a.C. Este foi um crime aterrador. Teve ao todo 10 esposas.
Também mandou matar a mãe de Maria­na: Alexandra. Matou certa vez 10 zelotes. Outra vez man­dou matar 45 judeus porque quebraram uma asa de uma á-guia de prata do seu palácio. Matou muitos outros. Foi grande administrador. Reconstruiu Jerusalém, seus muros e edifícios. Construiu palácios, inclusive o Forte Antônia, na área Noroeste do templo.
O ódio dos judeus aumentava contra Herodes. Para evitar que os judeus apelassem para César, prometeu-lhes um novo templo, o qual foi iniciado em 19 a.C. e concluído em 64 d.C. Foi o templo conhecido pelo Senhor Jesus.
Toda a Palestina beneficiou-se com a administração herodiana. Reconstruiu a cidade de Samaria com o nome de Sebasta (palavra grega equivalente a augusta, em alu­são a César). Procurava ele assim relevar seus crimes. Te­mendo sempre conspiração contra o trono, mantinha uma prisão de torturas. Era desconfiado de todos e extrema­mente ciumento. Não se sabe quantos morreram naquela prisão. Seus dois filhos - Alexandre II e Aristóbulo IV estu­daram em Roma. Temendo conspiração dos dois, mandou matá-los. Morreram assim, os últimos descendentes dos Macabeus. Tinha Herodes, pela força, imposto a paz. Es­tava agora muito velho. O remorso o persegue.
Chega o ano 5 a.C. - o ano do nascimento do Senhor Je­sus. Desde 10 anos antes, há paz na Palestina. No mesmo ano 5 a.C. é descoberta uma conspiração por parte de seu irmão Féroras e seu filho Antípater, filho de Dóris, outra esposa. Féroras é morto. Enquanto corre o processo para a morte de Antípater, chegam a Jerusalém uns magos vindo do Oriente, e perguntando: "Onde está aquele que é nasci­do rei dos judeus?" (Mt 2.1,2). Herodes, que como já vi­mos, vivia atormentado pelo fantasma da conspiração, so­freu grande perturbação (Mt 2.3). Fingidamente, desejou adorar o recém-nascido, que era o Messias prometido nas profecias do Antigo Testamento. Deus via o seu plano ma­ligno e guiou os magos a regressarem por outro caminho. Herodes, vendo seus planos desfeitos, ordena matança dos inocentes de Belém. Matar já era coisa natural para ele. Deus então conduz José, Maria e o menino ao Egito, cum-prindo-se, assim, as profecias (Os 11.1).

No ano seguinte - 4 a.C. - morre Herodes de terrível en­fermidade em Jerico. Determina grande massacre para o dia da sua morte, para que haja muito pranto. Felizmente tal plano não foi cumprido.
Apesar de suas crueldades, Herodes contribuiu para o bem noutros sentidos. Todos o reconhecem como grande administrador. Possuía muita tenacidade. Liquidou com o banditismo no país, isso desde quando governou a Galiléia. Nesse particular, ele entrava em choque com o Sinédrio, porque não dependia do processo formal daquela corte para matar bandidos. Proscreveu os hasmoneus. Estes, após o último macabeu (Simão), enveredaram pelo cami­nho das intrigas, vinganças, lutas políticas, deixando em segundo plano o ideal de liberdade e independência do jugo estrangeiro. Se tais coisas prevalecessem, seriam um estorvo à vinda e ministério do Senhor Jesus Cristo.
Breve nota sobre o Império Romano
A cidade-reino de Roma foi fundada em 753 a.C, na re­gião do Lácio, Itália, donde o vocábulo "latim". Em 509 passou de reino a república, tendo assim nova forma de go­verno, e, necessariamente, novos cargos e funções tais quais aparecem através do Novo Testamento. Dois séculos antes de Jesus nascer, Roma iniciou sua fase de suprema­cia sobre os diversos povos de então. Assim submeteu a Itália (266 a.C), Espanha e Portugal (201 a.C), Mesopo-tâmia (195), Macedônia e Grécia (168), Cartago, na África (146), Ásia Menor (133), Inglaterra (54, invasão; 42, conquista) Síria (64, mas a penetração começou em 190 a.C). Norte e Centro da Europa (58-50) etc.
Em 31 a.C, surge o Império. Otávio é o primeiro impe­rador universal. Era sobrinho de Júlio César, que fora um grande general, conquistador e por último ditador de 46-44 a.C. Em 44 foi Júlio assassinado em pleno Senado Roma­no, por seu filho adotivo Júnio Bruto. Otávio reinou de 31 a.C. a 14 d.C. O Senhor Jesus nasceu quando ele dominava o mundo todo. Ele podia de fato determinar que "todo o mundo" fosse recenseado (Lc 2.1). Otávio aparece no texto bíblico como "César Augusto". "César" era o nome de família. "Augusto" foi-lhe conferido pelo Senado; eqüivale a "sublime". Seu nome completo era CAIO JÚLIO CÉ­SAR OTÁVIO. Ele concluiu as conquistas do Império. Pa­cificou o mundo pelas armas.
Manteve exércitos por toda parte.
O latim era a língua da metrópole e das tropas roma­nas. O grego era falado nos meios culturais do império. O aramaico era a língua materna da liturgia. O império abre grandes estradas para uso de suas legiões e intercâmbio em geral. As estradas logo depois seriam utilizadas pelos pre-goeiros do Evangelho. Dez anos antes de Jesus nascer, as portas do templo de Jano são fechadas, indicando paz. Quando Jesus nasceu, portanto, reinava paz em todo o mundo. Chegara a plenitude dos tempos, conforme diz a Escritura em Gálatas 4.4. É a "Pax Romana" da História.
Nas condições acima descritas, estando tudo preparado por Deus, nasce em Belém o Messias prometido.
Breve Nota sobre os judeus até os nossos dias
Após a morte de Herodes o Grande, no ano 750 AUC ou 4 a.C, seu reino foi dividido entre três de seus filhos, as­sim.
• HERODES ARQUELAU governou a Judéia, a Sa-maria e a Iduméia. É citado em Mateus 2.22.
• HERODES ANTIPAS governou a Peréia e a Gali-léia. A Peréia desse tempo não era todo o território a leste do Jordão. É citado em Lucas 3.1. Mandou decapitar João Batista. Escarneceu de Jesus na sua Paixão (Lc 23.6-12).
• HERODES FELIPE II governou a Ituréia, que in­cluía os territórios de Traconites, Gaulanites e Auranites.
É citado em Lucas 3.1. [Felipe I não teve reino. É citado em Mateus 14.3. Foi o primeiro marido de Herodias, que o abandonou para casar com seu cunhado, Herodes Antipas (Mt 14.3).]
Arquelau foi deposto em 6 d.C. e daí até o ano 41 d.C. sua região (Judéia, Samaria e Iduméia) passou a ser gover­nada por oficiais romanos chamados procuradores, nomea­dos diretamente pelo Imperador romano. Durante o minis­tério e Paixão do Senhor Jesus, era procurador da região que fora governada por Arquelau, Pôncio Pilatos, de 2 a 36 d.C.
Herodes Antipas governou a Galiléia e a Peréia até o ano 39 d.C. Depois, seu território passou ao governo de He­rodes Agripa I, mencionado em Atos 12. Era neto de Hero­des o Grande.

Herodes Felipe II governou a Ituréia até o ano 34. De­pois, seu território passou para Herodes Agripa I.
De 41-44 d.C. toda a Palestina teve como rei Herodes Agripa I. Sua morte horrível aparece em Atos 12.
De 44-46, os distritos da Judéia, Samaria e Iduméia passaram a ter novamente procuradores romanos. A má administração destes e o espírito de revolta dos judeus, no-tadamente dos zelotes, foram conduzindo a nação a uma revolta generalizada. Os outros distritos foram governados por Herodes Agripa II, filho do anterior. Agripa II é men­cionado em Atos 25.
De 66-70 d.C. teve lugar a revolta contra os romanos e a guerra que se seguiu. O César de então era Nero, que esco­lheu seu mais hábil general para sufocar a rebelião. Em 66, quando começou a insurreição, o legado romano da Síria -Céstio Galo - atacou Jerusalém com 40.000 soldados, mas o ataque foi tão violentamente repelido que Galo teve de retirar-se para Cesaréia, perdendo 6.000 homens.
No dia da Páscoa do ano 70 d.C, Tito surge com seu exército de 50.000 homens diante dos muros de Jerusalém. Após cinco meses de assédio, os muros foram derribados, o templo incendiado e a cidade assolada. Mais de 1.000.000 foram mortos, além de 95.000 levados cativos. Foi a queda final do judaísmo. O exército romano recolheu-se a Cesa­réia.
Em 132-135 d.C, houve outra revolta dos judeus contra os romanos. Desta vez o Estado Judaico foi destruído pela raiz. O líder da revolta foi Bar Cocheba. Foi homem de grande coragem e capacidade militar. Na revolta, ele apo­derou-se da cidade e tentou reconstruir o templo. A revolta foi sufocada pelo exército romano. O número de judeus mortos subiu a 580.000. O país ficou arrasado. Os judeus foram expulsos da Palestina e proibidos de entrar em Jeru­salém, sob pena de morte. A cidade teve seu nome muda­do. Erigiu-se um templo a Júpiter no local do antigo tem­plo dos judeus.
A rebelião sob o comando de Bar Cocheba foi a última tentativa heróica dos judeus, até os tempos modernos, para reconquistarem a independência nacional. Desde essa época (135 d.C.) até 1948, os judeus não tiveram pá­tria. Andaram errantes por toda parte da terra. Todos po­diam mandar na Palestina, menos os judeus.
Em 14 de maio de 1948, renasceu o Estado de Israel, segundo as pro­messas das escrituras e pela iminência da volta de Jesus, e o retorno dos judeus em escala sempre crescente começou. Assim, o passado de Israel é assunto mui impressionante, mas seu futuro é mais comovente ainda. As ruínas de Jeru­salém não permanecerão para sempre. Israel restaurado, com seu templo e sua cidade de Jerusalém, com suas rou­pagens formosas (Is 52.1), deve ser a nossa meditação constante. O nosso maior anelo deve ser o dia quando Cris­to puser seus pés reluzentes sobre o monte das Oliveiras (Zc 14.4), quando todo o Israel dirá "Bendito o que vem em nome do Senhor!" (Mt 23.39).
É oportuno acrescentar que três civilizações achavam-se na Palestina nos tempos do Novo Testamento: a) A Gre­ga, representando a cultura e o saber; b) A Romana, repre­sentando a lei e o poder; c) A Judaica, representando a re­ligião e a justiça.

III. A ÉPOCA DO CRISTIANISMO

É a história da Igreja propriamente dita. Constitui ma­téria à parte; por isso não é estudada aqui. Citamo-la ape­nas como parte da estrutura do capítulo em estudo. A Época do Cristianismo começa com o nascimento do Senhor Jesus, no ano 5 a.C. (correspondente mais ou menos ao 749 AUC), e estende-se paralelamente ao texto bíblico até os últimos dias de João o apóstolo. (Cerca de 100 d.C. e, fora dele [do texto bíblico] até os tempos atuais.)
Nenhum crente deveria ignorar os lances impressio­nantes e portentosos desta maravilhosa história. É im­possível entender as condições atuais de toda a cristanda-de sem conhecer a história da Igreja.
A Época do Cristianismo nos dias do Novo Testamento tem três períodos:
1. O Período da Vida de Cristo. (Visto nos Evangelhos.)
2. O Período da Igreja em Jerusalém. (Visto em Atos até o cap. 12.)
1. O Período da Igreja Missionária. (Visto em Atos, cap. 13 em diante, e Epístolas.)


Após os dias do Novo Testamento. A Época do Cristia­nismo pode ser estudada dentro dos quatro períodos da história secular:
1. O Período Romano, até a queda de Roma (476 d.C.)
2. O Período Medieval, da queda de Roma, ao fim do império Romano do Oriente (476-1453 d.C.)
3. O Período Moderno, do fim do Império Romano do Oriente à Revolução Francesa (1453-1789 d.C.)
4. O Período Contemporâneo, de 1789 aos nossos dias. Com seus títulos descritivos, veja abaixo os capítulos mais importantes da História Bíblica do povo de Deus:

I. ÉPOCA PRÊ-ABRAÂMICA
1. Período Antediluuiano
Gn 1 A Criação em Geral
Gn 2 A Criação do Homem
2. Período do Dilúvio a Abraão
Gn 6-8 O Dilúvio
Gn 9 O Pacto com Noé

II. ÉPOCA DE ISRAEL 1. Período Patriarcal
Gn 12 A Chamada de Abraão e Fundação da Nação Israelita
Gn 19 A Destruição de Sodoma e Gomorra
Gn 21 O Nascimento de Isaque
Gn 29,30 O Nascimento dos Doze Patriarcas
Gn 41 José - Vice-rei do Egito
Gn 46 A Emigração de Israel para o Egito
2. Período de Israel no Egito
Êx 2 O Nascimento de Moisés Êx 3 A Chamada de Moisés
3. Período de Israel no Deserto
Êx 12 A Instituição da Páscoa e o Início da Peregri­nação
Êx 14 A Passagem Pelo mar Vermelho
Êx 17 A Rocha Ferida
Êx 20 Os Dez Mandamentos
Êx 25 A Construção do Tabernáculo
Êx 28 A Escolha de Arão
Lv 1-5 A Instituição dos Cinco Grandes Sacrifícios
Lv 23 A Instituição das Sete Festas Religiosas
Nm 3 A Escolha da Tribo de Levi
Nm 11 O Reinicio da Peregrinação
Nm 13,14 Espias e Murmuradores
Nm 21 A Serpente de Metal
Nm 33 Os Acampamentos de Israel
Dt 31 Josué Sucede a Moisés
Dt 34 A Morte de Moisés
4. Período da Conquista de Canaã
Js 3 A Passagem do Rio Jordão Js 6 Destruição de Jerico
Js 10 Sol e Lua Parados
Js 11 Josué Vence Vários Reis
Js 12-21 Divisão de Canaã Pelas Tribos
5. Período dos Juizes
Jz 1 Novas Conquistas Pelas Tribos
Jz 13-16 A Atuação de Sansão
Rt 1-4 O Casamento de Boaz com
Rute 1 Sm 1 O Nascimento de Samuel
6. Período da Monarquia
1 Sm 10 Saul - Primeiro Rei de Israel
1 Sm 16 Davi Ungido Rei
1 Sm 17 Davi Mata o Gigante
2 Sm 5 Davi Constituído Rei de Todo Israel
2 Sm 8 A Expansão do Reino de Israel
1 Cr 23-26 O Serviço dos Levitas
1 Rs 2 Salomão Rei de Israel
1 Rs 4 A Extensão do Reino de Salomão
1 Rs 6-8 A Construção do Templo
7. Período do Reino Dividido
1 Rs 12 A Divisão do Reino
1 Rs 17,18 O Ministério de Elias
2 Rs 2 O Ministério de Eliseu
2 Rs 18 O Avivamento sob Ezequias
2 Rs 20 O Milagre do Recuo do Tempo
2 Rs 22 O Avivamento sob Josias
2 Cr 17-20 O Reinado de Josafá
Zc 7.7 O Ministério dos Profetas (Jl – Ml)

8. Período do Cativeiro e Restauração
2 Rs 25; Jr 52 Destruição de Jerusalém
Ed 1 O Retorno dos Judeus
Ed 3 A Reconstrução do Templo
Ne 3 A Reconstrução dos Muros de Jerusalém
Ne 8,9 O Avivamento sob Esdras
Et 8,9 O Livramento dos Judeus
Dn 2 Os Quatro Últimos Impérios Mundiais
Dn 3 Os Três Jovens Salvos na Fornalha
Dn 6 Daniel Na Cova dos Leões
Dn 7-12 O Futuro da Nação Israelita
9. Período Interbíblico (Dn 8.11)

III. ÉPOCA DO CRISTIANISMO
1. Período da Vida de Cristo
Mt 1; Lc 2 O Nascimento de Jesus
Mt 3 O Ministério de João Batista
Mt 4.23; Lc 4.14-19; Jo 21.25; At 10.38 - Ministério de Jesus
Mt 27,28 A Morte e Ressurreição de Jesus
Mt 28.18-20; Mc 16.15-18; At 1.8 - A Comissão de Jesus à Igreja
Lc 24.50,51; At 1.9-11 - A Ascensão de Jesus
2. Período da Igreja em Jerusalém
At 2.1-13 O Batismo com o Espírito Santo
At 2.14-47 A Conversão dos Judeus
At 8 A Conversão de Samaritanos
At 10 A Conversão de Gentios 3. Período da Igreja Missionária
At 13 Missões
At 15 O Primeiro Concilio da Igreja
At 16 O Evangelho na Europa
At 28 O Evangelho em Roma
2 Pe 3.15 Epístolas escritas
Rm 15.19,24,28 O Evangelho no Mundo Conhecido
Ap 1.9,10; 4.1,2 - A Visão do Futuro da Igreja
QUE MARAVILHA!!!!

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